terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Relatório técnico de conclusão do curso de técnico em agropecuária

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CERES – GO
CURSO: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
VINÍCIUS OLIVEIRA DOMINGUES







ASSISTÊNCIA TÉCNICA
E
EXTENSÃO RURAL










CERES - GO, AGOSTO DE 2008
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CERES – GO
CURSO: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO
VINÍCIUS OLIVEIRA DOMINGUES







ASSISTÊNCIA TÉCNICA
E
EXTENSÃO RURAL


MÁRIO GONÇALVES
PROF. ORIENTADOR





CERES - GO, AGOSTO DE 2008

AGRADECIMENTOS


AGRADECIMENTOS


Agradeço,

A Deus, que acompanhou-me até aqui.
Aos meus pais, que ampararam-me e proporcionou-me forças para que eu seguisse em frente nos momentos de alegria e tristezas de minha vida.
À AGENCIARURAL de Itaguaru-GO, que forneceram-me experiências complementares contribuindo para o meu crescimento.
Aos funcionários, que acolheram-me com respeito e amizade na empresa .
Ao professor Mário Gonçalves, que orientou-me no desenvolvimento deste relatório.
1. INTRODUÇÃO

Este estágio foi realizado no período de dois de janeiro a vinte seis de janeiro de dois mil e sete na AGENCIARURAL de Itaguaru-GO.
‘A Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário – AGENCIARURAL, criada pela Lei nº13.550, de 11/11/1999, surgiu da fusão da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás EMATER-GO, do Instituto de Desenvolvimento Agrário de Goiás IDAGO e do Instituto Goiano de Defesa Agropecuária IGAP, ligados à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás, como órgão sucessor das atividades destas instituições.
A EMGOPA - Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária foi absorvida pela EMATER, Goiás(Lei nº12.733, de 7/12/1995), num momento anterior ao da fusão das outras organizações EMATER. Em 2004, os serviços de defesa e classificação de produtos de origem vegetal passaram a ser executados pela AGRODEFESA - Agência de Defesa Agropecuária, criada pela Lei nº 14.645, de 30/12/2003, que alterou a Lei 13.550, de 11/11/1999, desmembrando-se da AGENCIARURAL.
A Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário desenvolve atividades de assistência técnica, social e gerencial aos produtores rurais; é responsável, entre outras instituições, pelos feitos direcionados ao desenvolvimento sustentável da Bacia do Rio Araguaia – Caiapó; está inserida nas ações do Programa Nacional de Agricultura Familiar; desenvolve pesquisa agropecuária e, ainda, trabalha com a regularização fundiária, assentamentos e reforma agrária no concernente às agrovilas, ocupando-se com a instalação de famílias no campo. Em parcerias com outras instituições, a AGENCIARURAL está atuando em ações relacionadas com o Sítio Histórico Kalunga (comunidades remanescentes de quilombos). Paralelamente às atividades de rotina, a AGENCIARURAL empenha-se com o Programa de Qualidade do Setor Público Agrícola do Estado de Goiás, visando à melhoria do atendimento direcionado ao seu público alvo, os produtores rurais e suas famílias.
O Estado de Goiás localiza-se na região Centro-Oeste, ocupa cerca de 4,2% da área total do País, com extensão de 340.165,3 km². Atualmente, o Estado está dividido em 246 municípios, distribuídos em 18 microrregiões homogêneas e 5 mesorregiões, segundo a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A agropecuária de Goiás tem evoluído e ocupado atualmente posições importantes. Até o final da década de 60, duas atividades se destacavam em Goiás: a produção de arroz de sequeiro e a criação extensiva de bovinos. Com o domínio da utilização dos solos de cerrado, através da pesquisa agropecuária, expansão do mercado interno, associada à política governamental de ocupação do cerrado, com volumes maciços de crédito rural, expansão do mercado externo e uma eficiente assistência técnica e extensão rural que, a partir de 1999, vêm sendo desenvolvidas pela AGENCIARURAL, Goiás alcançou significativo aumento na área cultivada, na produção e no rendimento de produtos agrícolas, de forma diversificada.
Todavia, este crescimento do agronegócio em Goiás representado, principalmente, pela produção de commodities , ainda não foi capaz de distribuir renda suficiente dentro do próprio setor, para sua autonomia e elevação adequada do padrão de vida humano, especialmente no que se refere à produção rural familiar e à agricultura de subsistência. A agricultura familiar apresenta-se como o outro segmento do agronegócio, com características que se resumem na administração do empreendimento pela própria família e nele a família trabalha diretamente, com ou sem auxílio de terceiros, sendo, ao mesmo tempo, uma unidade de produção, de consumo e de reprodução social. Dos 111.791 estabelecimentos rurais existentes no Estado de Goiás, 71% estão enquadrados na categoria familiar, considerando somente o critério de 4 módulos fiscais.
A agricultura familiar é responsável por 40% de tudo o que é produzido no campo e gera 7 de cada 10 ocupações no meio rural. Daí se faz necessária a presença do Estado dentro de uma política global de estímulo e apoio ao agronegócio. Nesse sentido, o instrumento do Estado com maior capilaridade e estrutura operacional é, sem dúvida, a AGENCIARURAL, que executa as atividades de pesquisa agropecuária, assistência técnica e extensão rural e de desenvolvimento fundiário. Considerando valiosa essa realidade, o Governo de Goiás, através da AGENCIARURAL, tem procurado, em consonância com as diretrizes do Governo Federal, por meio de parcerias, orientar o crescimento de Goiás de modo a garantir uma maior oferta de alimentos a preços competitivos, criar ocupações produtivas em áreas situadas nas cadeias produtivas, usar os fatores de produção, sem degradação ambiental, e contribuir para a redução das desigualdades sociais.’
(Fonte: www.agenciarural.gov.br 24/01/2008 as 17:30 h.)




























2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA




Nome: AGENCIARURAL
Endereço: AV. Benedito Ferreira de Castro
Telefone: (62) 33981132
Ramo da empresa: assistência técnica e extensão rural
Gerente: Adalto Ferreira Cabral
Supervisores: Adalto Ferreira Cabral, Rosa Maria e Rodolfo.
Principais atividades: Assistência técnica e extensão rural
Analise do ambiente: A empresa sempre era mantida limpa. Foi observado um bom relacionamento entre todos que lá chegavam.



Tive um ótimo relacionamento com os empregados que me trataram com todo respeito e carinho.












3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS



3.1. VISITA AO VIVEIRO DE MUDAS DE BANEIRAS

Em uma vista a um viveiro de mudas de banana, na qual eram fornecidas pela EMBRAPA (GO), para os produtores rurais da região do Sertãozinho - Itaguaru-GO, verificamos o desenvolvimento da cultura e através de uma análise foliar visual recomendamos adubação foliar.



3.2. MARCAÇÃO DE SULCOS DE PLANTIO

Utilizando o nível óptico, marcamos sulcos para irrigação da cultura de abóbora. Esta prática se faz necessária no período seco, pois há a necessidade de fornecer água à cultura na época de seca. A área era de aproximadamente 1 alqueire.



3.3. ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA CUSTEIO PECUÁRIO

Realizei a elaboração de projeto para Custeio Pecuário, crédito fornecido pelo Banco do Brasil, o empréstimo seria destinado para compra de gado leiteiro. Neste projeto especificamos os bens do proprietário e fizemos uma evolução do rebanho como parte das exigências do banco. O rebanho continha 200 vacas, 4 touros, 170 novilhas e novilhos, 120 bezerros.



3.4. REGULAGEM DE PLANTADORA

Utilizando uma balança, sacos plásticos e fita métrica, regulamos uma plantadora, que seria utilizada para plantio de milho e sorgo. Foram seguidos os seguintes passos:
· Demarcação com a fita métrica de uma distância de 10 metros;
· Amarramos os sacos plásticos na saída de sementes para controle da quantidade;
· Pesamos e conferimos se a quantidade de sementes atendia o esperado que era 10 sementes por metro linear;
· Realizamos os ajustes na plantadora de acordo com o desejado.



3.5. CÁLCULO DE ADUBAÇÃO

De acordo com a análise de solo que nos foi fornecida , calculamos a necessidade de adubo (NPK), que seria incorporado junto com o plantio de capim mombaça. A adubação seria realizada juntamente com o plantio.


3.6. ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA PRONAF

Desenvolvimento de um projeto de financiamento (PRONAF). Com o empréstimo seriam compradas vacas leiteiras, pois o produtor estava em busca de aumento da produção de leite. Neste projeto especificamos os dados do produtor e o seu objetivo do empréstimo, o modelo do projeto era passado pelo Banco do Brasil. Para obtenção do empréstimo é necessário que seja produtor rural ou arrendatário e não ter vínculos empregatícios com o Estado.



3.7. ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA FCO

O que é o FCO
É um Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, criado pela Lei 7.827/89, que regulamentou o Artigo 159-I-"c" da Constituição Federal.
O que é o FCO Rural
É o conjunto de normas e programas de financiamento voltado para o atendimento do setor produtivo agropecuário.
Quais os objetivos do FCO Rural
Contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste, mediante a execução de programas de financiamento aos setores agropecuário e agroindustrial, de forma a possibilitar o fortalecimento da agroindústria, com a utilização de matéria-prima regional, e a intensificação, diversificação e modernização da agropecuária, mediante a elevação do padrão de qualidade dos animais e o incremento da produção e da produtividade do setor rural.
Quem pode utilizar os recursos do Fundo
Produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, que desenvolvam as suas atividades agropecuárias isoladamente, ou ligados a associações e cooperativas de produção, ou em sistema de produção familiar, ou em sistema de integração a unidades de processamento ou comercialização, ou em sistemas de produção em assentamento oficializados pelo INCRA, além de associações e cooperativas de produção.
Itens financiáveisSão financiáveis os bens e serviços necessários ao empreendimento.
Desenvolvemos esse, para a compra de novilhas de corte nesse especificamos os bens do interessado e o objetivo do produtor com o empréstimo era financiar vacas leiteiras para reposição do plantel.





3.8. ADUBAÇÃO EM COBERTURA



Em uma visita à uma lavoura de milho, que foi desenvolvida pela AGENCIARURAL, junto a produtores rurais para demonstração em um dia e campo, recomendamos adubação em cobertura com NPK.


3.9. CROQUI E MACAÇÃO DE CURRAL


Desenvolvimento de um croqui para um curral (14 m x 16 m), onde seria manejados gado de corte. Dividimos a área em duas partes e marcamos o tronco de contenção no meio para facilitar o manejo com o gado. Na escolha da área observamos a declividade, o acesso de veículos e a localização dos pastos. Marcamos o curral utilizando fita métrica e estacas.


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3.10. PLANTIO DE FRUTÍFERAS


Plantio juntamente com adubação de mudas de coco, caju e banana, foram utilizados os seguintes materiais: enxada, cavadeira e balde. As covas foram feitas nas medidas de 40 cm x 40 cm x 40 cm, possibilitando o bom desenvolvimento da planta. Na adubação não tivemos controle de quantidade e necessidade de cada cultura devido isso foi distribuído em cada cona aproximadamente 250 gramas de adubo contento nitrogênio, fósforo, potássio mais zinco e magnésio.


3.11. MARCAÇÃO DE CURVA EM NÍVEL

A solução dos problemas decorrentes da erosão não depende da ação isolada de um produtor. A erosão produz efeitos negativos para o conjunto dos produtores rurais e para as comunidades urbanas. Um plano de uso, manejo e conservação do solo e da água deve contar com o envolvimento efetivo do produtor, do técnico, dos dirigentes e da comunidade.
O Agrônomo e outros Profissionais das ciências agrárias e ambientais, devem ser consultados para elaboração do planejamento de conservação do solo e da água, que neste caso a AGENCIARURAL foi consultada para desenvolver este trabalho.
Utilizado o nível óptico e a mira realizei a marcação de curva em nível, o que contribui para a conservação do solo. Estabelecemos uma cota de 200 metros e marcamos vários pontos na área. As curvas foram espaçadas a 18 metros começando da cerca que delimitava o terreno onde seria implantado a cultura do milho.


3.12. MANUTENÇÃO DO JARDIM


A manutenção do jardim da empresa foi realizada devido `a necessidade de beleza da entrada da empresa, contribuindo para um melhor ambiente. Utilizamos brita, enxada, tesoura, mudas para jardim.
Segundo Brandão (2002), o jardim reduz os ruídos, filtram as partículas que poluem o ar, diminuem a velocidade dos ventos, fornecem sombra, refrescam o ar e embelezam a paisagem, formando um conjunto estético e belo, com efeitos positivos no bem - estar psíquico das pessoas.



3.13. ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM BANANEIRAS


Auxiliei na adubação de cobertura no bananal de uma estação experimental da empresa junto à produtores rurais da Região do Sertãozinho, esta prática foi necessária para o bom desenvolvimento da planta. Utilizamos uma vasilha com tamanho conhecido (25g) e baldes para a distribuição do adubo cloreto de potássio e sulfato de amônio. As quantidades foram estabelecidos de acordo com critérios de experiência do instrutor.
Segundo a Embrapa Parcelar as adubações evita perdas e proporciona o melhor aproveitamento dos nutrientes. O parcelamento vai depender da textura e da CTC (capacidade de troca de cátions) do solo, bem como do regime de chuvas e do manejo adotado. Em solos arenosos e com baixa CTC, deve-se parcelar semanalmente ou quinzenalmente. Em solos mais argilosos, as adubações podem ser feitas mensalmente ou a cada dois meses, principalmente nas aplicações em forma sólida.
O potássio (K) é o nutriente mais absorvido pela bananeira, apesar de não fazer parte de compostos na planta. É um nutriente importante no transporte de produtos da fotossíntese no interior da planta, no balanço hídrico e na produção de frutos, aumentando a resistência destes ao transporte e melhorando sua qualidade.
A adubação recomendada varia de 200 a 450 kg de K2O/ha na fase de formação e de 100 a 750 kg de K2O/ha na fase de produção, dependendo do teor no solo.
Recomenda-se 200 kg de N mineral na fase de formação e de 160 a 400 kg de N mineral/ha/ano, na fase de produção da bananeira, dependendo da produtividade esperada. A primeira aplicação deve ser feita em cobertura, em torno de 30 a 45 dias após o plantio.

13.14. BUSCA DE INFORMAÇOES VIA INTERNET


Busquei informações pluviométricas aos produtores rurais via internet objetivando a programação de plantio na época de índice pluviométrico maior. Foram observados os índices pluviométricos que mais adequavam-se as necessidades das culturas a serem exploradas utilizando o site: www.soma.com.br .

5. CONCLUSÃO



Este estágio proporcionou-me maior conhecimento das reais necessidades principalmente do pequeno produtor rural, bem como conhecer os meios de produção e técnicas utilizadas.
A principal dificuldade de implantar uma nova tecnologia de produção é o conhecimento que já vem sendo passado de pai para filho. A tradição impede que as novas gerações utilizem técnicas mais rentáveis e economicamente viáveis, isso dificulta o trabalho do técnico em agropecuária.
Os serviços prestados pela AGENCIARURAL são de suma importância para o desenvolvimento agropecuário da região, pois auxilia no desenvolvimento de novas técnicas mais rentáveis garantindo assim maior lucratividade ao produtor.
O governo itaguaruense necessita de promover campanhas de fortalecimento da agricultura familiar bem como divulgar a importância de assistência técnica para o bom desempenho de sua atividade.






Todo conhecimento nunca é em vão independentemente do que e onde se aprende.
Vinícius Oliveira Domingues
6. REFERÊNCIAS bibliográficas



BANANA PRODUÇÃO: aspectos técnicos. I. ed. Brasília: CDD, 2000.

BRANDÃO, Hélio Abdala: MANUAL PRÁTICO DE JARDINAGEM. I. ed. Viçosa: Aprenda Fácil, 2002.

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